terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mágramática



Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser

Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase
Nem a vírgula e ponto final
Afinal, a má gramática da vida
Nos põe entre pausas
Entre vírgulas
E estar entre vírgulas 
Pode ser aposto
E eu aposto o oposto
Que vou cativar a todos 
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua ação
Sua pressa e sua prece
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para a nossa oração
Adjuntos ou separados
Nominais ou não
Façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, não obstante,
Sejamos também a contracapa
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar a si mesmo 
É muitas vezes encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Senhoras e Senhores
Que nesse momento em que cada um se encontra agora
Um possa se encontrar no outro
E o outro no um
Até por que
Tem horas que a gente se pergunta...
Porque é que não se junta tudo numa coisa só?


O Teatro Mágico.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Permita-se!

Amar                    Crer                  Chorar 
            
                   Sonhar                            Cair                         Rir
                                                   
  
                         Sentir                           Apaixonar  
 
 Crescer                       Brincar                  Recomeçar        

                          Pular                       Aprender        

     Aceitar                              Ouvir                         Lutar      

   Guiar                    Dançar           Cantar        

             Expressar                    Criar                Entender
 
                   Integrar               Arriscar                Consolar          

           
                                          Viver!

e o amor?




Como o címbalo que retine
E apenas seu ruído é o que se nota
Assim é a vida de quem se fecha ao amor


Tão frágil e rara é a vida
Escorre-nos pelos dedos a cada segundo
E eu me pergunto
O que é o amor?
É prometer a lua e as estrelas ao ser amado?
Enganando assim ao pobre coitado?!
Mas que amor mais fajuto e limitado!


Tantos amores temos nesta vida
Tanta coisa bonita
E quase sempre passa despercebida
Há ainda quem diga
Amor é coisa do passado
Qual seria a essência deste legado?
Talvez viver sem ser amado...


Bondoso e sem rancor, fiel e consciente
Humilde e sofredor, espera tão somente
Justo e verdadeiro, tudo suporta e tudo crê
Tão puro e perfeito é o amor
Não busca interesse ou favor(...)

E dia desses falávamos sobre amores e paixões... Existe tanta gente por aí esperando pra viver um amor de cinema, daqueles com final perfeito, elas a espera do príncipe no cavalo branco, e eles da suposta mulher maravilha em todos os aspectos.... E assim os relacionamentos se tornam frustrantes...
Essa concepção de relacionamento não me é aceitável a tempos, e sim, eu sou feliz por isso.
Quero viver este amor real que me é oferecido hoje, amor onde rostos e corpos não são vistos como objetos e não precisam ser perfeitos, amor verdadeiramente correspondido, sincero, e fiel... amor de gente real, de gente imperfeita...
Como lí num texto que um amigo me mandou ja há algum tempo: Não ame a cor dos olhos, ame o olhar; não ame a brancura dos dentes, ame o sorriso; ame o beijo ao invés do contorno dos lábios; ame o abraço ao invés do formato do braço e não ame o volume do peito, ame o aconchego...

E que bom não seja isto uma escultura 
Seja apenas um poema à toa
Pois não amo um corpo
Amo uma pessoa...
Tão puro e perfeito é o amor...



Amar você...




neoqeav